Os índices de sobrevivência para os tipos mais comuns de câncer, os quais constituem 90% dos casos, tem permanecido virtualmente imutáveis nos últimos 25 anos. Esta é uma informação dramática, que não pode ser abrandada nem mesmo pelas estatísticas que se referem a um índice global de sobrevivência em 50% e que todos sabem que não é verdadeiro.
Devido ao alto índice de mortalidade, é normal que o medo desta doença tão devastadora se instale em toda a sociedade, produzindo um temor geral de impotência e resignação, considerando que as instituições de saúde sempre fazem o melhor para convencer a população sobre os méritos da pesquisa científica oficial e resultados satisfatórios obtidos.
Uma abordagem que tenta trazer alguns resultados para esta doença obscura, deve necessariamente passar por duas fases; a pars destruens , a qual evidencia os limites da oncologia atual e a pars construens, que propõe novos horizontes conceituais e novos campos de pesquisa, basicamente numa abordagem que tenta compreender onde estão os erros e que ao mesmo tempo descobre soluções lógicas e eficazes.
Para que isto aconteça, é necessário que inicialmente se questione o método científico experimental atualmente utilizado para as pessoas doentes ou saudáveis, considerando que ele é inadequado e frequentemente ineficaz para compreender e avaliar o homem na sua totalidade.
Um estudo excessivamente “racional” das características físicas surgiu no pensamento ocidental desde o período da revolução científica alguns séculos atrás, isto é, uma abordagem científica baseada exclusivamente no estudo da matéria e da natureza. Este modo de pensar influenciou negativamente a formação de teorias médicas e biológicas, elaborando interpretações para a matéria inerte, não para os seres vivos.
Esta aplicação irracional das leis que são válidas somente para sistemas inertes, conduziu à omissão de diferenças importantes entre a biologia e as ciências físicas, especialmente para aqueles que acreditam que a física é a ciência que produz o alicerce para o entendimento de todas as outras ciências, inclusive a biologia.
Translated excerpt from the book “Cancer is a Fungus”
capítulo 1 – Novas Modalidades do Conhecimento Médico
